Com este espírito em mente, temos tido a iniciativa de organizar algumas palestras ao longo dos tempos, sendo que, este ano pela primeira vez, decorreram três que viajaram da Física à Matemática, passando pela Biologia.

Uma das palestras surgiu na sequência de convite efetuado ao professor Máximo Ferreira, Coordenador científico do Centro de Ciência Viva de Constância. Sendo uma das figuras que associamos à divulgação científica em Portugal, já convivemos com a sua presença e trabalho há muito tempo.

É uma referência para todos nós o contributo que acrescentou à Agência Ciência Viva, sobretudo pela dinamização do Centro de Ciência Viva de Constância, que todos conhecem bem no nosso Agrupamento.

É, contudo, como comunicador que mais facilmente o recordamos. A palestra que nos trouxe surge associada à comemoração do Ano Internacional da Luz, que é uma iniciativa mundial que visa destacar a importância da luz e das tecnologias óticas na vida dos cidadãos, assim como no futuro e no desenvolvimento das sociedades de todo o mundo.

Esta atividade contou com a presença dos nossos alunos do terceiro ciclo que mostraram curiosidade pelo tema e contribuíram para o sucesso desta iniciativa.

O Professor Dr. Jorge Paiva foi preletor em duas palestras, uma no período da manhã destinada aos alunos do secundário sobre “Relevância e utilidade da Nomenclatura e taxonomia Biológica com alusão aos Lusíadas”. Referiu-se à Taxonomia como ciência que trata da identificação, nomenclatura e classificação de objetos, particularmente de natureza biológica e à Nomenclatura que consiste na atribuição de um nome, que, em Biologia, é a um ser vivo e a grupos de seres vivos (famílias, ordens, filos, etc.), de acordo com regras internacionais de nomenclatura biológica. Estas regras foram apresentadas e explicadas aos alunos. Distinguiu ainda nomenclatura vulgar e vernácula que não é universal e que não obedece a qualquer regra. Os nomes comuns variam temporalmente. Por exemplo, as “couves”- Brassica oleracea, já se designavam por “veiças” ou “Berças”; as “margaridas”, Luís de camões designava-as de “boninas”- Bellis sp. no episódio de Inês, com alusões à época que o poeta viveu nos campos do Mondego; as alfaces , Luís de camões designava-as de “alfaças”…

Fez ainda referência aos sistemas de classificação que foram surgindo ao longo dos tempos. A partir do estabelecimento da estrutura do ADN (1953) e com o extraordinário avanço tecnológico e científico em bioquímica, anatomia, embriologia, biogeografia, paleontologia e palinologia (na Botânica), a classificação dos seres vivos alterou-se profundamente, particularmente nos grandes grupos taxonómicos (reinos, classes, ordens e famílias).

Finalmente, a determinação exata de um organismo é fundamental seja em determinações para a Medicina Forense, Alimentação, Fitoterapia, etc.

O período da tarde foi destinado aos alunos do 2º ciclo do ensino básico que assistiram à palestra “Biodiversidade e Alimentação”.

Para vivermos e crescermos temos necessidade de alimentarmo-nos de biológico (vegetal, animal ou de outros organismos). O nosso corpo tem vários “motores” sendo o   coração um deles, que está sempre a “bater” e que não pode parar. Quando pára, morre-se. Tem de haver um combustível para que este motor funcione que é a comida.

Mas os outros seres vivos não são apenas fontes de alimento, mas fornecem-nos substâncias medicinais, vestuário, energia, materiais de construção e mobiliário, etc.

Assim Património Biológico (Biodiversidade) é importante para a nossa sobrevivência, mas tem sido aquele a que temos dado menos atenção e o que mais tardiamente tem merecido cuidados de preservação e dele depende a nossa sobrevivência.

E tal como previsto o dia do departamento terminou com a palestra “Como a Matemática ajudou os aliados a ganhar a II Guerra Mundial”.

A palestra teve como orador o Professor Dr. Jaime Carvalho e Silva, professor no Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, decorreu no cineteatro e contou com a presença dos alunos do 9.º, do 10.º, do ensino vocacional e do 12.º B (Técnico de Mecatrónica Automóvel).

O Professor explicou como é que os aliados conseguiram descobrir os códigos secretos que os alemães utilizavam para comunicarem entre si e assim colocarem termo há guerra. Estima-se que esta descoberta tenha antecipado o final da guerra entre dois a quatro anos, tendo evitado a morte de 40 milhões de pessoas… quatro vezes a população de Portugal!

A generalidade dos alunos achou a palestra bastante pertinente e mostrou interesse em atividades deste tipo.

Durante todo o dia foram sendo realizadas eliminatórios do concurso também já muito conhecido dos nossos alunos “Quem Quer Ser Sabichão” no qual, por ano de  escolaridade, os alunos tinham de responder a várias questões de diferentes níveis de dificuldades das disciplinas da área científica. Em cada ano foram apurados dois vencedores.

Fica o agradecimento de todo o departamento aos que coadjuvaram a organização, bem como aos colegas e alunos que estiveram presentes, sem os quais este dia perderia a razão de existir.

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